Hoje na "festa do Diospiro" foram feitos comentários sobre a diferença existencial do Y e do X.
A ideia final com que ficámos foi que o Y não é assim tão mau como alguns X's dizem e que a vingança das mulheres (X) é terrivel...
Li algures na net um comentário que me fez sorrir : "Ele respira e eu acho piada"... Depois desta, é natural que se compreenda porque ficamos nós X tão magoadas com as traições dos Y ...
Claro que o pensamento posterior será: "Se ele não respirar eu acho piada"
E continuando a pesquisar a net deparei-me com esta história que achei ternurenta e aqui partilho com vocês...
"Disseste assim:- Encontrei-o no Bairro e aproveitei para lhe dizer tudo o que nunca tinha dito.- Mas assim? À noite? - perguntei eu.
- Perguntei-lhe porque é que nunca tinha assumido nada comigo e ele disse que tinha passado por uma fase estúpida. Disse-me que tinha gostado muito de mim, mas que na altura tinha outras prioridades. Depois de ele me ter dito isto tudo eu senti-me aliviada. Mas fiquei tão triste... Gostei tanto dele.
Disse-lhe que ele nunca iria saber o quanto eu tinha gostado dele. Gostei tanto dele.
Pensei tanto sobre isto, querida amiga. Às vezes parece que o cupido nos troca as voltas e o nosso mundo anda às avessas. Este teu Y agora telefona imensas vezes para fazerem programas juntos. Agora que tu já tens a tua vida organizada e o lugar que ele poderia ocupar preenchido.
Lembrei-me de outra amiga minha que tem um apaixonado por quem não se apaixonou. Amiga essa que se perdeu de amores por outro Y que por sua vez gosta de outra X.
Tenho a certeza que nós, mulheres, gostamos de fomentar confusões na nossa vida amorosa. Ou porque as relações estão mal definidas e não se percebe bem a intenção do outro, ou porque há problemas de comunicação ou, simplesmente, porque se está em fases diferentes da vida e se procura outro tipo de experiências.
No meio disto tudo, muitas vezes, perde-se toda a capacidade de bom senso e de avaliação da situação e as coisas complicam-se.
É um facto que, nesta idade em que não somos nem crescidos nem miúdos, temos também uma bagagem emocional que pode ser perigosa, manhas, manias e tudo o mais que fomos juntando pelo caminho. Mas também somos mais adultos, temos outras preocupações e prioridades.Ninguém me tira da cabeça que gostamos de joguinhos. De perder, de ganhar. De um jogo idiota que muitas vezes quem perde são os dois. Mas no meio da situação isso não importa nada... O pior é o rescaldo.
E quando olhamos à volta e vemos cada vez mais gente disparatada (como outro que se esqueceu de dizer que tinha namorada, ou outro que precisava de mais tempo para estudar, ou outro que desaparece sem deixar rasto) temos tendência a ser assim também. Mas não somos.
Isto para te dizer que te acho bem, agora sem ele. Mas que também sei que ele é o teu bocadinho que nunca o chegou a ser. E até que tu percebas que ainda que ele o seja, cada um de nós tem sempre alguém assim, que mexe connosco de forma diferente, que é mais do que um amigo mas que por uma razão ou por outra não funciona, não vais conseguir andar com a tua vida. Ele é o teu bocadinho incompleto. E é incompleto porque nunca te conseguirá completar. E tu, querida amiga, mereces muito mais.Ainda que tenha escrito estas palavras para uma amiga em especial, apercebi-me de que há outras quantas a quem estas palavras se podem aplicar... Numa fase ou outra da nossa vida.
E estas palavras tão fáceis de escrever, são bem mais difíceis de viver à letra. Se as mágoas ficassem marcadas como as letras no papel, a história era outra. As nossas marcas são mais como o próprio papel. Ardem, mas desaparecem. Antes assim?"
Até podem arder mas há sempre as cinzas...
Gostei...